Semente Vigo decidiu aderir à manifestaçom do vindouro domingo em Compostela convocada pola Plataforma Queremos Galego. Aliás, publicamos a seguir o texto redigido polas companheiras e companheiros da Semente Compostela e que fazemos nosso. Vemo-nos às 12:00 na Alameda.
SAI DO BUCLE!
Criemos projetos polo galego (ou colaboremos com os que já funcionam)

Nom tés certa sensaçom de dejà vu? Mais um ano a berrar na defesa do nosso idioma, demandando a sua presença na administraçom, nas televisons, na imprensa, em todo; votando nos partidos que defendem o seu uso, indignando-nos com as pessoas e instituiçons que nos discriminam por usá-lo e lendo nos meios digitais como desaparece. E chegam as eleiçons e sai a mesma gente. Ou nom, mas botam-nos ao pouco, e outra vez na mesma, cada vez mais frustrados e frustradas, mais inofensivos e inofensivas.
Há um tempo que demos em pensar que a nossa estratégia é errada. Porque há mais de 40 anos que estamos com ela e nom deu resultado. Sim, bem sabemos que a culpa nom é nossa, que é deles, mas pensa- o. É umha boa estratégia? Nom cho pergunta o facha de turno, nem o espanholeiro disfarçado de progre. Somos companheiras e companheiros que toda a vida militamos polo idioma, ao teu lado. E chegamos à conclusom de que nom, de que há que sair do bucle. E criamos umha escola. Umha de imersom linguística.A ver, nom somos iluminadas nem iluminados. No País Basco já foi há meio século. Na Bretanha, outro tanto, na Catalunha Norte, na Ocitánia,… E nem tam longe. Os movimentos populares na Galiza criárom no século passado as Escolas Racionalistas, as Indianas financiadas desde a emigraçom. E as Irmandades da Fala as Escolas de Ensigo Galego, de quem humildemente tomamos o nome. E chamamo-nos assim: Semente, Escola de Ensino Galego.

O nosso é umha escola, e podes-te unir. Queremos umha em cada recanto da Galiza. Ou podes criar qualquer cousa. Só para que quando nos virmos na próxima manifestaçom podamos compartilhar as nossas experiências, corrigir os nossos erros, talvez colaborar, e sobre todo, avançar. Precisamo-lo como água de maio.

E se nos perguntares pola Semente, diremos-che que vai bem, que temos 22 crianças (no ano passado 13), que saem falando galego, cantando cançons na nossa língua, que som felizes, que tentamos resolver os nossos conflitos entre todas e todos, e que para o ano queremos ser mais. E por isso vamos ampliar o local, em Compostela; em Vigo e Trasancos já tenhem local, e parece que para o ano poderemos ter 3 centros. Mas quem sabe que passará para o ano? Veremo-nos aqui e contaremos-cho.

Se che dizemos a verdade, tivemos medo ao princípio. Como nom tê-lo? Mas valeu a pena. Valeria a pena só por tê-lo tentado, mas quem ia dizer que 22 famílias pensavam como nós?

Talvez arriscando-nos nos encontremos, e encontremos esse Povo de que tanto falamos e nom dá aparecido. Polo menos nom para meter o boletim de voto correto, eh? Talvez nom necessitemos estar no governo para começar a mudar cousas. Pensa-o.

Pensa em mudar a a estratégia, pensa em sair do bucle.

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